Federações israelitas do Estado do Rio e SP criticaram declaração de Lula sobre conflito

Lula na 37 Cúpula União Africana em Adis Abeba, Etiópia

Federações dizem que comparação de Israel com governos nazistas expressa uma “visão distorcida” sobre o conflito em Gaza.

As federações israelitas do Rio de Janeiro e de São Paulo afirmaram neste domingo (18.fev.2024) que as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a operação militar de Israel na Faixa de Gaza a Adolf Hitler são consideradas uma interpretação distorcida do conflito no Oriente Médio. As associações também expressaram preocupação com a falta de críticas ao “terrorismo real perpetrado pelo Hamas”. Durante uma entrevista coletiva neste domingo (18.fev) na Etiópia, Lula afirmou que os eventos em Gaza não têm paralelo com outro momento histórico, exceto “quando Hitler decidiu exterminar os judeus”.

“Fazer uma comparação como essa reforça uma visão distorcida sobre quem são os judeus e as reais causas da guerra porque Israel foi atacado pelo grupo terrorista Hamas, que ainda mantém reféns (dentre eles não somente judeus) e usa a população palestina como escudo para seguir na intenção de aniquilar, destituir o governo e o Estado e varrer do mapa aqueles que consideram seus inimigos por questões milenares, por fundamentalismo religioso. São questões extremamente complexas e nada tem relação com uma vontade deliberada de Israel”, declara, em comunicado, a Fierj (Federação Israelita do Rio de Janeiro).

A representação afirma que, ao disseminar esse tipo de argumento, o presidente “expõe a comunidade judaica do país a hostilidades”.

Já a Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) diz que a fala “lamentável” de Lula é mais um passo para um posicionamento “cada vez mais extremista, tendencioso e dissociado da realidade” sobre a guerra. “Comparar a legítima defesa do Estado de Israel contra um grupo terrorista que não mede esforços para assassinar israelenses e judeus com a indústria da morte de Hitler é de uma maldade sem fim. Condenamos mais uma colocação infeliz do presidente e esperamos que o Itamaraty, que tanto nos orgulhou na história, com sua posição isenta e equilibrada, volte a ser digno de elogios”, afirma a associação.

Fonte ref.: Poder 360

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