A cidade do Rio de Janeiro enfrenta um grave problema de mobilidade causado pela depredação de ônibus e insegurança em algumas áreas. Dados recentes do sindicato das empresas de ônibus, Rio Ônibus, mostram que nos últimos 12 meses, mais de 2,8 mil ônibus foram depredados, dos quais 145 foram usados por criminosos como barricadas em áreas controladas pelo tráfico.
Esses atos de vandalismo têm impactado significativamente a rotina dos cariocas, com uma média de 230 veículos incendiados por mês desde abril de 2023. A campanha “Quem é cria não vacila”, lançada pelo Rio Ônibus, tem como objetivo conscientizar a população sobre os prejuízos causados pelo vandalismo nos ônibus.
Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus, explicou que os danos causados vão desde o sequestro e incêndio dos veículos até pichação, bancos rasgados e vidros quebrados. O prejuízo financeiro para o setor de transporte público ultrapassou R$ 46 milhões em reparos ao longo do ano.
O impacto dessas ações criminosas na mobilidade do carioca é significativo. Aproximadamente 6,5 milhões de pessoas foram diretamente afetadas ao longo de 2023, com rotas alteradas e interrupções no serviço. Durante operações policiais, como a realizada nesta sexta-feira (26) no Complexo do Alemão, os motoristas são instruídos a percorrer rotas alternativas para evitar áreas de risco.
Valente ressaltou que essas interrupções afetam não apenas o transporte público, mas também a mobilidade de toda a cidade. Linhas de ônibus que passam próximo ao Complexo do Alemão conectam a Zona Norte ao centro da cidade, de onde as pessoas fazem integrações para outras regiões, como a Zona Sul.
A insegurança e depredação dos ônibus não afetam apenas os passageiros, mas também colocam em risco o direito de ir e vir de toda a população carioca. É necessário buscar soluções efetivas para garantir a segurança e mobilidade de todos os moradores do Rio de Janeiro.